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domingo, 4 de março de 2018

O amor de Michael pelos animais
e as suas doações secretas


MICHAEL by ADRIANA

Adriana, da Dinamarca, concordou em partilhar a sua história. Ela teve a oportunidade de conhecer Michael, passar algum tempo e trabalhar com ele em várias ocasiões. Nessa época, ela estava a trabalhar em Londres, em um abrigo de animais. Michael tinha muita afeição pelos animais, da mesma forma que ele tinha pelas crianças, e ele queria ajudar de qualquer forma que pudesse. Ele assegurou-se de que essas doações fossem mantidas em sigilo porque ele as fazia de coração, não para publicidade. Abaixo está a sua história:

“Por volta de 1996 ou 1997, eu trabalhava em um abrigo de animais (principalmente cães), nos arredores de Londres. Trabalhei lá até 2007.

Quando Michael e a sua comitiva estavam a sair do hotel, (eles estavam na garagem do hotel), um pequeno cão estava escondido debaixo do carro. Michael, como era seu costume, não deixou simplesmente que alguém cuidasse dele. Ele queria saber para onde o cão seria levado e o que iria acontecer com ele.

Um funcionário do hotel sabia sobre nós, era uma pessoa que passeava com cães, e contatou-nos, mas nós não tínhamos espaço para o cão. De qualquer maneira, eles trouxeram-no e eu levei-o para casa comigo, por dois dias.

Michael soube que não tínhamos espaço e perguntou porquê. Foi-lhe dito que não tínhamos espaço nem tínhamos dinheiro para construir mais. Essa foi a primeira vez que recebemos dinheiro dele.

Michael fez questão que nós tivéssemos dinheiro para construir mais e alugar mais espaço para os animais. Ele achava que era errado, que estas coisas tivessem dependentes de doações de pessoas. Achava que o Estado deveria contribuir também. Em alguns países, existem tantos cães vadios, e ele sentia-se muito mal com isso, assim como com as crianças.

Um ano depois de ter feito a doação, ele quis vir visitar-nos. Para o fazer chegar até lá despercebido, parecia ser uma missão para o pessoal da Casa Branca, mas não foi realmente.

Quando ele chegou, a primeira pessoa que ele encontrou foi a mim, com dois cãezinhos bebês no meu joelho. Eu estava no chão a alimentá-los. Ele não disse ‘Olá’, ou qualquer coisa, ele só se sentou no chão e começou a falar com eles com aquela voz tola com que nós costumamos falar com os animais. Demorou alguns minutos até ele olhar para mim, pediu desculpas e estendeu-me a sua mão. Eu ainda tinha um cachorro na minha mão e um biberão na outra. Ele riu-se quando eu o coloquei no chão e cumprimentamo-nos.

Levantou-se e quis ir dar uma volta pelo local. Ele estava impressionado com a quantidade de cães que tínhamos lá, não tantos gatos, às vezes tínhamos muitos gatos, mas geralmente havia sempre mais cães. Ele ficou muito emocionado, disse que queria levar todos com ele, para casa. Como a maioria das pessoas queria, quando chegavam lá. E eu também, era muito difícil trabalhar lá e depois de tantos anos, a ver as coisas horríveis que as pessoas fazem aos seus animais.

Depois de uma volta por lá e de ser explicado como funcionavam as coisas, ele convidou-nos para jantar naquela noite. Ao jantar, ele falou sobre como ele poderia fazer uma doação por ano, e como isso iria acontecer sem ser divulgado (o facto de que ele estava a fazer doações). Ficou a meu cargo cuidar disso.

Da vez seguinte que ele veio a Londres, ele quis que nos encontrássemos e assim fizemos. Foi quando ele me perguntou se eu gostaria de ir a Neverland e passar algum tempo lá. Eu poderia levar um amigo, e eu fui.

Essas duas semanas foram a melhor coisa da minha vida. Não por causa do Michael, mas por causa do lugar. Eu nunca fui fã de Michael Jackson, mas eu tinha-o visto em concerto, mas não tinha nenhum disco dele. Eu gostava da sua música, mas não dessa maneira de fã, sabe? Mas era muito emocionante estar em sua casa. É realmente um lugar incrível.


Animais em Neverland

Ele tinha tanto orgulho do seu zoológico, ele mostrou-nos a zona. Fomos autorizados a tirar os cavalos para passeios sempre que quiséssemos, e foi-nos dado espaço livre no rancho. Isto foi o que eu estive mais perto dele, do que apenas certificando-me se as suas doações chegavam. Eu não estou a dizer que era uma amiga dele, mas acho que cheguei perto o suficiente para fazê-lo sentir que podia confiar em mim, mesmo que apenas um pouco. Eu ainda tenho algumas mensagens de texto enviadas por ele.

Quando eu o conheci, eu não tinha telemóvel [celular]. As mensagens de texto foram anos mais tarde. Era engraçado vê-lo a tentar compor uma mensagem de texto. Ele ficava perguntando a alguém ‘como é que eu faço agora? Como é que faço um ponto de interrogação. Como posso fazer isso’. Foi engraçado.

A última doação que ele fez foi enorme e ainda está a ajudar muito lá, e vai continuar por muito tempo, espero que nada de inesperado aconteça.

A segunda vez que ele nos visitou estávamos na parte de fora, na nossa área de descanso para os cães. É um lugar enorme, cercado, atrás de nossa casa, com árvores e essas coisas. Um lugar muito bom para os cães brincarem. Tínhamos um cão que, às vezes, ficava louco e começava a correr à volta como uma coisa louca. Eles ficam engraçados a fazer isso, e dá-nos vontade de rir, e foi o que fez Michael. E ele realmente não conseguia parar de rir, e assim que ele olhava para alguém, começava a rir ainda mais.

Ele não ficava parado, e num momento ele inclinou-se para a frente e bateu com a testa nas costas de um banco que estava ali. Primeiro veio um “ai” dele, mas depois ele desmanchou-se completamente a rir e nós também. No dia seguinte, doía-me o estômago, por causa de tanto rir. Ele ficou com um pequeno galo na testa e continuou a falar sobre isso na vez seguinte que nos encontramos. Ele disse que ‘às vezes, é perigoso rir’.”

Adriana
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Fontes: reflectionsonthedance
MJFans: http://www.lolgamesup.com.br/mj-fans-br/2018/01/27/o-amor-de-michael-pelos-animais-e-as-suas-doacoes-secretas-mjfans/