“Ele começou o disco com um grito (Scream), mas terminou com um sorriso (Smile)”
MICHAEL by BRAD SUNDBERG
Profissional em sistema de som
Quando HIStory foi lançado, eu já conhecia Michael há cerca de 11 anos. Era o mesmo jovem que conheci em Captain EO? Sim e não. Sim, porém maior. Haviam-lhe ferido, zombado dele e acusado. Mas, ainda assim, ele ria. Ainda assim, ele lançava balões de água pela janela do estúdio. Ainda assim, insistia em encher o estúdio de fãs, e que não lhes faltasse comida. Enviava cestas de chocolates para cada filha minha que nascesse. Ele permaneceu generoso todo tempo.
Michael trabalhou duro, pressionou a equipe, músicos e tecnologia, tanto quanto fosse possível; mas ele fazia isso com um sorriso. O trabalho era diversão. Os desafios eram divertidos. Claro, tivemos que trabalhar entre 14 estúdios de todo o país.
They Dont Care About Us tornou-se um hino para muitas pessoas no mundo. Hoje me dá arrepios ao ouvir “Stranger in Moscow”, uma das minhas canções favoritas de MJ, de todos os tempos. “Earth Song” desenha fielmente o mundo em torno de nós, em 1994 e 1995, e continua forte hoje. “2Bad” sempre me lembra do vídeo brutal que fez Michael (Ghosts), para o qual eu construí uma parede de caixas de som para dançar no set e soava tão alto que eu tive que substituir vários deles que haviam explodido, para preencher o seu desejo de sentir a música. “Que me doa, Brad! Eu não posso ouvir a música em um volume modesto, tem que ser alta”. “Childhod”, “Little Susie” e “Smile” são pura magia.
Cada tema de HIStory representa algo que Michael queria dizer. Ele tinha ido ao inferno e já não era tão suave como em “Off The Wall”. Ele estava mais velho, e, como eu disse, tinha que expulsar muitas coisas de seu peito. Mas ainda era Michael. Ele começou o disco com um grito (Scream), mas terminou com um sorriso (Smile).
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Fontes: mjbeats.com.br * reidopop.com
