A GRANDE REVELAÇÃO:
QUEM É O "HOMEM POR TRÁS DA MÁSCARA"
Os
filhos:
“Você precisa ser pai – disse
Debbie Rowe – então, seja pai!” E ele
foi. Dois belos e fortes príncipes com ela: Michael Joseph Jackson Jr., a quem
apelidou “Prince” e Paris Michael Katherine Jackson.
Inebriado,
Michael diz que não há milagre na vida que compare com o de ver um filho vir ao
mundo. É um pai sensível, amoroso, paciente e apaixonado, tanto que Debbie se
emociona ao dizer que “a paternidade
trouxe para fora um traço muito protetor dele. Michael é tão amoroso e forte! Papai
Michael trocava fraldas, levantava no meio da noite, preparava mamadeiras,
cumpria com dedicação a sua parte nas tarefas. “Ele adora estar envolvido em cada aspecto de cuidar do bebê. É um pai
tão maravilhoso, alimentando-o, segurando-o e, claro, cantando para ele! [...]
Michael é acolhedor, verdadeiro, paciente e protetor. Ele nunca se apressa no
que está fazendo com o bebê. É incrivelmente forte”.
O
sonho do pai, esse astro tão humano quanto lenda, era ver os filhos crescerem
cercados pelo amor e lhes dar a melhor educação que lhe fosse possível
oferecer, para que pudessem descobrir e desenvolver os seus talentos, e
aprender a usar seus recursos para tornar melhor a vida daqueles menos
afortunados do que eles. Protetor, queria sempre “estar lá” para os filhos, que são a coisa mais importante do mundo
para ele.
Para
ser o melhor pai que pudesse ser, Michael estudou, leu tudo sobre criação de
filhos, psicologia infantil e adolescência. Mas o talento nato de doador de
Amor fez da teoria a mais gratificante realidade: “É muito mais emocionante do que jamais imaginei, é um monte de
trabalho! Meu único arrependimento é de não ter tido filhos antes”.
E
teve mais um filho: Prince Michael Joseph Jackson, o doce e sapeca Blanket.
Crianças especiais, gentis, educadíssimas, comportadas, saudáveis, amorosas e
com os valores elevados do pai.
O
consultor educacional Tony Buzan[1],
contratado por Jackson para instrução de seus filhos, em sua temporada nos
Emirados Árabes, testemunha o que viveu com eles. Lá, as crianças frequentavam
uma escola internacional (tinham privacidade para isso), mas o pai queria que
Buzan os ensinasse a pensar. Mas o que mais chamou a atenção para o professor
foi a relação de pai e filhos que existia ali. Ele conta:
Gostava de observá-los ir e vir da escola
internacional todos os dias. Eles iam felizes e voltavam felizes. Em seu
retorno, os três filhos não poderiam correr mais rápido do carro para chegar e
abraçar seu papai. [...] Jackson era um pai indulgente e não um desses pais super-exigentes, sempre
forçando as crianças a jogarem xadrez, terem aulas de dança ou aprenderem
instrumentos. À noite, eles se aninhavam juntos no sofá para assistirem
a DVDs. [...] As crianças pareciam
gostar da companhia uma da outra. Nunca testemunhei uma crise de birra
ou gritarias. Isso é incomum em grupos
de três, onde as tensões podem surgir muitas vezes. [...] Eles aprendem muito
rápido, como seu pai, que, provavelmente, foi o melhor aluno que eu já tive.
Anis
Al-Zadjali, quando conviveu com Michael em Omã, não deixou de observar o lado
paternal do amigo, uma figura tão desigual daquela pintada pela imprensa ao
longo de décadas: “Ele era um compassivo
e amoroso pai para seus filhos e costumava ensinar-lhes coisas novas a maior
parte do tempo”.
David
Gest, amigo desde a adolescência, afirma que Michael adorava ser pai: “Ele estudava em casa com os filhos e sempre
os levava a ler os livros certos. Ele foi um grande pai, mas era rigoroso.
Acreditava em boas maneiras e demonstração de respeito aos adultos e de se
comportar adequadamente”.
O
jornalista Jonathan Margolis, em artigo escrito no jornal Mail on Saunday, em 2003, contou sua experiência quando conviveu
com Jackson e os filhos, anos atrás.
Os
filhos de Jackson da crença popular “vivem isolados e são proibidos de terem
contato com outras crianças”. Porém, eu os vi brincando por horas com
amigos. Ou “os filhos de Jackson supostamente têm todos os seus brinquedos
destruídos ao fim do dia por medo de infecção”. No entanto, eu os vi
apertando e sugando aqueles brinquedinhos de plástico que todas as crianças
têm. Eu fui a uma loja de brinquedos com Prince e Paris, numa das farras de
compras secretas de Michael. Aconteceu às 7 horas da noite, e foi interrompida
rapidamente porque a hora das crianças irem para cama estava chegando - cada
uma pôde levar apenas um brinquedo.
Prince
e Paris são espertos, seguros, carinhosos e atenciosos. Eles oram antes das
refeições, falam em frases completas, em vez dos grunhidos monossilábicos
americanos, e são proibidos, como muitas crianças, de usarem linguagem
grosseira. Prince tem um rosto sério, mas uma natureza travessa e uma
curiosidade implacável. Embora seja cercado por uma equipe alerta para cumprir
as ordens de seu pai, eu não encontrei qualquer sinal de arrogância nos modos
do garotinho. Paris era muito pequena quando eu a conheci, com um rostinho
bonito e marcante, sempre competindo com Prince para ser a primeira a pular no
joelho do pai. (MARGOLIS – 2003)
Após
os trágicos e dolorosos acontecimentos de 2005, Michael retirou-se de cena para
um exílio consciente nos Emirados Árabes e, mais tarde, na Irlanda. Em 2006,
Michael passou cinco meses em Westmeath, trabalhando a gravação de novas
músicas juntamente com Will.i.am, no Grouse
Lodge Recording Studio. Fácil de se amar e difícil de se esquecer, Michael
logo caiu nas graças do proprietário do estúdio, Paddy-Dunning, que relata:
Ele
era um cavalheiro, puro e absoluto. Um pai extremamente grande para seus
filhos, que o adoravam. Você poderia dizer que eles realmente se miravam nele.
Um pai amoroso, firme, mas de espírito muito brincalhão e adorava estar com os
filhos. [...] No final da sua estadia, quando eles estavam indo para casa, as
crianças pularam na Limousin e Michael os fez sair novamente e voltar para
agradecer, a cada um de nós, por nossa hospitalidade.
No
testemunho da irmã La Toya: “Michael
tinha absoluta consciência do seu papel de pai e mãe de seus filhos. E foi
incrível como pai”. Ele mesmo preparava as mamadeiras, preparava
lanches..., tanto que para a filha Paris, o papai Michael fazia a “melhor torrada francesa do mundo”.
Sensível, ele tocava e dançava com os filhos, mas também era muito rigoroso.
Quando pequenos, não assistiam televisão e nem havia acesso à internet em sua
casa. Ele dizia que não queria que os filhos ficassem doentes pelo mundo em que
vivemos. Compreensível, a contar pelo que a mídia fez com Michael.
“Aquelas crianças são uma delícia
absoluta. Passei um tempo prolongado com eles e nunca os vi chorar por birra,
nunca os vi pedir nada, ou ter um ataque”, afirmou o artista
plástico David Nordahl, que conviveu intimamente com Jackson desde antes das
crianças nascerem.
Aqui,
um pouco da personalidade de cada um deles:
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“Paris é durona e forte como a Debbie”
- definiu Michael – “Ela se vira sozinha
muito mais do que Prince. Alguém poderia vir e empurrá-lo que ele não se
levantaria. Ela não aceita esse tipo de coisa. Ela briga, é durona, muito
durona”. (BOTEACH – 2009)
Hoje,
a belíssima Paris Jackson tornou-se modelo, atriz e engajada com o ativismo
humanitário, como o pai e como seu irmão Prince.
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Blanket foi incrivelmente
educado conosco, para uma criança de 5 anos ─ conta a equipe da Revista Ebony, que fez um ensaio fotográfico com
Michael, em 2007 – É, obviamente, muito próximo ao pai. Entraram de mãos
dadas no vestuário, e só se separaram quando tudo estava tranquilo. As
habilidades de Michael como pai são incríveis. Com apenas um gesto, ele conduz
disciplina e apoio a Blanket. Michael também quer, obviamente, que seu filho
caçula aprenda bons modos. Assim, quando a equipe da Ebony chegou, Michael lhe
explicava como teria que lhes estender a mão e dizer “Oi”. São pequenas coisas, mas não são as pequenas coisas que medem
o caráter do Ser?
Seguindo
os passos do irmão mais velho, em sua paixão por cinema, Blanket lançou-se como
crítico de filmes, no canal do Youtube intitulado Film Family,
juntamente com Prince e seu primo e tutor, até os 18 anos, Taj Jackson.
Educador
nato, acostumado a transmitir valores elevados a todas as crianças que
conviviam com ele, Michael não teve muita dificuldade em preparar seus filhos
para o mundo. E ele tem um método todo seu: “Ensinar,
abraçar, tocar, olhar nos olhos e dizer ‘eu te amo, eu preciso de você, você
está aqui porque eu te amo’... Eu digo sempre aos meus filhos: ‘sabe por que eu
comprei isso para você? E eles respondem: ‘por que você me ama!’ Eles precisam
saber disso”.
O
que para muitos pais no mundo fútil de hoje parece perda de tempo, para o Pai
Michael era prazer, era método educativo, era tempo gasto com preciosidade: “Eu me esforço ao máximo. Tento diverti-los.
Uma vez por ano, eu me visto como palhaço, com todo o equipamento – nariz,
maquiagem – e dou doces, biscoitos e sorvetes a eles”.
Pacientemente,
e por que não dizer, prazerosamente, Michael levava os filhos às festas de
Halloween, essas pequenas grandes coisas que ele próprio não pôde experimentar;
primeiro porque trabalhava incessantemente e segundo porque a religião da mãe
não permitia: “Eu quero que meus filhos
vejam como as pessoas podem ser gentis”.
E
Michael sempre deu aos filhos mais do que educação, ele deu a sua presença
constante, protetora e orientadora. Prince, Paris e Blanket sempre tiveram uma
bússola em seu caminho. Mais do que isso, um espelho.
Michael
é rígido, mas de uma maneira infinitamente afetiva e humana. Ele é
decididamente anti-pancada. [...] Sempre esteve particularmente cuidadoso para
que, quando atingissem a adolescência, os filhos evitassem as drogas e outras
distrações de segundo plano do showbisness. Ele insistia que "não significa não", mas que
disciplina deve ser administrada sem raiva ou grito. Quando os filhos são
malcriados ou grosseiros uns com os outros, ele preferia tomar suas coisas e
deixá-los parados num canto. Em casa, em Neverland, ele limitava os
brinquedos. Eles eram proibidos de se referirem aos brinquedos como "meu", quando estão brincando
com amigos, e foram ensinados que a única razão para se ter dinheiro é a de
compartilhar seus benefícios com os outros.
Michael
alegava repreender rigidamente a vaidade. Ele contou como pegou Prince
arrumando o cabelo no espelho e dizendo: "Eu
estou ótimo". Michael o corrigiu dizendo: "Você está ok”. Prince e Paris também foram ensinados a serem
diplomáticos, mas nunca mentirem. Mesmo mentiras brancas são erradas, de acordo
com seu pai. Ele preferia ensinar os filhos a "verem as coisas de uma dimensão diferente". Prince, por
exemplo, tem medo das turbulências nos aviões. Michael explica: "Se você lhe disser que ele não está
num avião, mas numa montanha-russa, ele
saberá que é mentira. Mas se você disser que estamos num avião, mas vamos
imaginar que estamos numa montanha-russa, tudo se torna uma questão de ponto de
vista”.
Conta
o rabino Shmuley Boteach que, certa vez, sua filha de oito anos de idade se
perdeu em Neverland. Ao encontrá-la chorando, seu instinto de pai era
dizer-lhe para não ser tão boba, mas Michael se antecipou e disse à garota: "Eu sei como você se sente; lembro que
isso já aconteceu comigo, quando eu era pequeno". Imediatamente a
garota parou de chorar e sorriu para Michael.
Não
só o conteúdo, mas a forma de Jackson educar com certeza foi um conjunto
vitorioso. É preciso muita sensibilidade e clareza de alma para se conseguir
tal resultado. E Michael foi perfeito, como o foi em tudo que fez.
Em
conversa com Shmuley Boteach, ele diz: “acho
que devemos ensinar as crianças a serem gentis e como elas podem acabar ferindo
o sentimento das pessoas. Nós estávamos lá no
estúdio de gravação ontem, Prince e eu. Um dos músicos que trabalha comigo é
gordo, muito gordo, e Prince disse: ‘Ele tem uma barriga que parece um balão’.
Eu disse: ‘Prince, você está certo, mas quando estiver perto dele não diga
isso, pois vai fazê-lo chorar’. Ele disse: ‘Ok, eu prometo’. Apenas o ensinei
que não se pode magoar as pessoas”.
Além
das sempre pacientes palavras, Michael criava regras educativas em torno dos
filhos. É a forma de educar pelo convencimento e não pela força. Contam os amigos
íntimos que, em Neverland, havia
doces, carrinhos de pipoca e algodão doce por todos os lados, mas os príncipes
de Michael só podiam se fartar das guloseimas em suas festas de aniversário,
para que não ficassem entediados e perdessem o interesse e o valor pelas
coisas. Quando saíam às compras, cada filho só poderia comprar um brinquedo de
cada vez e somente poderiam abrir o pacote quando chegassem em casa.
Senso
de Justiça e Amor por todas as criaturas de Deus: a natureza, os animais e os
seus semelhantes. Foram essas as lições para Prince, Paris e Blanket e para
todas as crianças que conviveram com Michael: “As crianças te ensinam a ser amoroso e doce... elas dão chance a todo
mundo e eu ensino meus filhos a amarem todo mundo, desde que eram muito
pequenos. Amar todo mundo, ser gentil e ser bons em seus corações. Mas eles têm
isso naturalmente... eu não tive que programar”.
Segundo
o jornalista Margolis, a empatia de Michael com as crianças era marcante. Ele
falava com todas as crianças como se elas fossem adultas.
Ele
não tolerava que elas interrompessem uma conversa de gente grande, mas era
surpreendentemente atento quando ouvia uma voz de criança fazendo alguma
pergunta, quando a maioria de nós prefere não dar importância. Ele tinha pavor
de cachorros, mas comprou um Golden
Retriever para os filhos, pensando ser errado transmitir seu preconceito
irracional. Ele também não gostava de inventar respostas para as perguntas
complicadas das crianças; preferia ir à sua enorme biblioteca particular e
procurar a resposta correta.
Mas
existe o lado doloroso de serem filhos da maior estrela do planeta: a falta de
privacidade, a exposição prematura, os riscos, os insultos... A pedido da mãe,
Debbie Rowe, Michael teve que lhes cobrir o rosto quando saíam com ele, por
causa das constantes ameaças que o casal recebia. Como deixá-los frequentar uma
escola comum? Seria difícil demais! Então, Michael construiu uma escola em Neverland, equipada com computadores,
para os filhos e as outras crianças que viviam lá. Michael justifica:
Eu
conheço bem a família Disney, e as filhas de Walt costumavam me contar das
dificuldades que tinham na escola. As crianças falavam: “eu odeio o Walt Disney. Ele nem é engraçado, não o assistimos”. Os
filhos de Charlie Chaplin, que eu conheço bastante, tiveram que tirar os filhos
da escola. Eles eram provocados: “o avô
de vocês é estúpido. Ele não tem graça, não gostamos dele”. E ele era um
gênio! (SOARES-2002).
Em
2010, já sem a presença física do pai no planeta, Prince e Paris passaram a
frequentar escola regular fora de casa. Apenas Blanket, por ser ainda muito
novo e indefeso, continuou estudando sob tutoria, em casa. A experiência parece
ter dado certo, pois, hoje, com raras exceções, os filhos de Michael
conquistaram a simpatia do público, e não somente do público de seu pai. São
palavras de Raymone
Bain: “Apesar de tudo que Jackson
representa para a música, seus filhos serão seu maior legado”.
Em
trechos do Discurso de Michael na Universidade de Oxford / Inglaterra, em 2001,
ele diz:
“E,
se quando eles crescerem guardarem rancor de mim, de como minhas escolhas
prejudicaram suas juventudes - “por que
não tivemos uma infância normal como todas as outras crianças?”, eles podem
perguntar. Nesse momento, eu rezo para que meus filhos presumam o melhor. Eles
dirão para si mesmos: “Nosso pai fez o
melhor que pôde diante das circunstâncias singulares que enfrentou”.
Espero
─ ele concluiu ─ que eles sempre foquem as coisas positivas, os
sacrifícios que fiz por eles, e não critiquem o que tiveram que abdicar ou os
erros que cometi e que certamente continuarei a cometer. Pois todos nós somos
filhos de alguém e sabemos que, apesar de fazermos os maiores planos e
esforços, erros sempre serão cometidos. Isto, simplesmente, é ser humano”.
E
ainda que Prince Jackson, em seu Instagram, tenha falado, explicitamente, quem era
realmente seu pai, o mundo ainda não enxergou o homem por
trás da máscara:
Para muitos, ele é rei;
para mim, um homem. / Tudo o que ele inspira, leva a uma causa nobre. / Todo
mundo é família, não é um fã, / mesmo ao receber ruidosos aplausos. / A maioria
conhece a lenda e o mito, / poucos têm sorte de conhecer o homem que ele é. /
Mas não como o quinto da família Jackson. / "Filho, irmão, pai",
estes poucos sabem como ele é. / Ele é o mito, a lenda e o Homem. / Ele cuida
de sua mãe e seus filhos, / do mundo e todos; ele é cordeiro. / Ele é puro;
testado, mas perdoou. / Ele é o arcanjo conhecido como Miguel /
Ele está conosco e nossas lágrimas devemos sufocar.
______________________
[1] Tony Buzan: rico consultor educacional, com escritos sobre o desenvolvimento do cérebro através de uma técnica que ele chama de mapeamento mental, que lhe rendeu o posto de "pensador em domicílio" no Wellington College, uma escola independente em Berkshire. (The Sunday Times – Nov/2009)
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