MICHAEL JACKSON
O HOMEM POR TRÁS DA MÁSCARA - Parte 1
MICHAEL JACKSON
O Homem por trás da Máscara
“Muitos acabarão ansiando pelas virtudes que um dia tiveram,
mas agora abandonaram para se livrar da agonia que colocá-las em prática, e
assumir a responsabilidade por essa prática, poderia ter causado. Assim, não
admira que os filósofos insistam em que são necessárias qualidades exclusivas,
esparsamente outorgadas, como ‘mentes nobres’, conhecimento sólido e caráter
forte (às vezes também nervos de aço) para resistir a essa tentação – e,
portanto, recusar-se a se entregar”. São palavras do
filósofo e sociólogo polonês Zygmunt Bauman).
Por
outro lado, em dezembro de 2017, a Revista EBONY escreveu:
Sentado
no sofá ao lado de Michael Jackson, você rapidamente olha além da luz do ícone
enigmático, quase uma pele translúcida, e percebe que esta Lenda Afro-americana
é mais do que superficial. Mais do que um artista, mais do que um cantor ou
dançarino, o adulto pai de três filhos revela um seguro, controlado e maduro
homem que tem muita criatividade dentro de si. (Revista EBONY, dez/2007).
Definitivamente,
uma larga distância separa a aparência e a essência das coisas e das pessoas,
principalmente se as observamos apenas ao alcance dos nossos cinco sentidos.
A
Criação Divina é um repositório de impressões, de conhecimentos, de
experiências e de aprendizados de múltiplas existências e é um equívoco muito
primário tentarmos compreender um Ser apenas com base no contexto do presente.
Tudo
na Criação tem passado, presente e futuro, pois o universo será sempre uma obra
inacabada e em permanente renovação. Tudo que existe teve um começo e sempre
terá um amanhã diferente; e somente a espécie humana tem a faculdade de plasmar
o seu futuro na razão direta do arbítrio dos seus pensamentos, sentimentos e
atitudes.
A
história de vida de Michael Jackson, largamente explorada na mídia impressa e
televisada, é o exemplo mais grotesco da inapetência em se analisar posturas,
posições e atitudes de uma pessoa com base unicamente nas aparências. Aparência
não é essência... E fazem pior, porque não somente exploram e divulgam o que
supõem ser; antes disso, julgam, condenam e sentenciam. “Nada é o que parece ser...” uma sábia assertiva, pois o que parece
ser somente o é sob a nossa ótica.
A
versão Jackson do mundo das formas, do ponto de vista dos cinco sentidos, já correu
mundo, já rendeu fortunas a aproveitadores e está na mente da maioria das
pessoas, mas... e o homem detrás da máscara... quem é que viu? Quem é que
tentou conhecer? O lado por trás das máscaras do mistério é o lado que não dá
Ibope e não vende jornais.
Tampouco
sei se o que parece ser para mim é o real, por isso, reflexões e conjecturas.
Uma versão que não muitos poderão compreender e não muitos levarão em conta,
mas que, no limiar de uma nova era do Planeta, é preciso começar a refletir
além dos cinco sentidos terrenais.
Michael
Joe Jackson. Esse é o homem, por que o gênio da arte é apenas uma parte dele;
sem dúvida a mais visível e evidente, mas apenas uma parte do Ser. Um homem
diferente, um homem incomum. Sentimentos, comportamentos, visões, valores e
atitudes diversas do status quo;
somente isso. Eu diria que: um Ser à frente do nosso tempo e acima do nosso
nível de saber; por isso incompreendido e ridicularizado pelas mentes restritas
ao que é palpável e materializável.
Nem
de longe simplesmente um excêntrico. Sua suposta excentricidade me soa apenas
como a expressão de uma alma incomum inserida em um contexto que lhe é estranho
e adverso.
Michael
não é polêmico, excêntrico nem pirado:
É um gênio, e os gênios são livres,
são coerentes com a sua natureza, são autênticos. Não estão preocupados em
agradar aos outros nem se encaixarem na hipocrisia social, se isso vai violar a
sua identidade interior. Os gênios só agradam aos outros se o ato de agradar
lhes dá prazer. Fazer as pessoas felizes dava prazer a Michael e ele se
desdobrava para proporcionar felicidade, principalmente às crianças e ao seu
público.
“Ser livre significa ser capaz de
agir de acordo com os próprios desejos e perseguir os objetivos que se escolheu” ... outras sábias palavras de Zigmunt Bauman.
Michael
sempre foi um quebrador das regras, dos modismos e do gregarismo de uma
sociedade doente e hipócrita que dita regras, cobra obediência às regras
ditadas, mas não as segue dentro de si própria. Cria o véu da hipocrisia e só é
aceito como “normal” os cegos que se deixam manipular pelos impositivos que os
homens decidem se é correto ou não. Michael segue os ditames da alma, do seu Eu
Interno, da sua centelha divina, que são o mais perfeito código de ética
universal. Um homem que tem essa força interior desperta não precisa de
códigos, pois a ética universal lhe é intrínseca.
Ele
ama e convive com todos os seres da natureza sem distinção: plantas, animais e
humanos. Totalmente conectado e integrado à natureza como o são todos seres
iniciados em Sabedoria. É na natureza que estão as forças energéticas que nos
impulsionam na esfera física e se completam com as vibrações da alma. Não
precisa ser uma planta bonita, um animal delicado, uma pessoa agradável...;
porque Michael ama toda a Criação Divina. Ele ama o rato e o elefante; o
espinheiro e a rosa, a criança saudável e a cancerosa, o honesto e o criminoso
com a mesma abertura de alma. Ele tinha um macaco de estimação, por
exemplo, como nós temos um cachorro ou um gato. Qual a diferença? Por que as
pessoas se escandalizam com isso? Michael dizia: “Deus criou os animais. E eles são amáveis, eles são maravilhosos. Eu
sigo o caminho que Jane Goodall (antropólogo) faz ou qualquer um desses
naturalistas. Eu não acho o meu interesse em animais, de qualquer modo,
esquisito ou estranho”. (TV Guide – 1999)
Segundo
a mãe, Kathe Jackson, Michael já demonstrava amor pelos animais desde muito
pequeno. Mesmo na casa de Gary, os animais estavam por todo lugar, pois Michael
e Janet os adoravam. Na casa de Encino tinha até uma girafa que andava pelo
jardim. Neverland, então... Quando
ainda pequenos, Michael e Janet viviam cuidando de animais abandonados.
Michael
compôs BEN em homenagem a um rato, uma criatura que todos achamos
repugnante e indigna de afeto. Mas, para ele, é apenas uma criatura de Deus e
só por isso já merece seu amor e seu respeito. Isso é grandeza de consciência,
não é loucura ou excentricidade.
Loucos
e pirados são os que vivem na hipocrisia das aparências, dos engodos para se
encaixarem em uma sociedade que lhes cobra, diariamente, serem o que não são,
ou o que não querem ser. Michael, simplesmente, É.
Somos
territoriais, de afetos circunscritos: amamos nossos familiares, nossos amigos,
nossos agregados; Michael é universal, ele ama o mundo. Não somente seus
príncipes são seus filhos, antes o são, em sua alma, todas as crianças do
Planeta. Esse Planeta que ele se propôs a curar das chagas da indiferença e do
abandono.
Em
uma de suas entrevistas, se disse desconfortável em intitular-se americano por
que não se sentia circunscrito a um país. É um cidadão do mundo, porque sua
alma não conhece fronteiras, raças ou culturas.
Michael
não é assexuado nem homossexual:
É
um sábio, um conhecedor da responsabilidade espiritual de se desperdiçar
energia criadora em relacionamentos sem envolvimento afetivo. Não se trata aí
apenas de uma condição imposta por sua postura religiosa, pela timidez ou pelo
tipo de educação que recebeu na infância e juventude. É uma condição que está
impressa no seu psiquismo por seu nível de ser e saber. A vulgaridade, a
promiscuidade, a leviandade o chocam e lhe trazem desconforto, mas isso não
quer dizer que ele seja adverso a relacionamentos físicos. É apenas seletivo, o
que demonstra sabedoria espiritual. Além disso, sua energia sexual é, em larga
escala, empregada em sua arte, que é perfeita em todos os sentidos.
Consequentemente,
não lhe cabe a alcunha de pedófilo, pura e simplesmente porque crianças dormiam
em sua cama. Como ele dizia: "dividir
sua cama com alguém é um ato de amor", ou “Antes de fazer mal a uma criança, eu cortaria meus pulsos”.
Ele poderia
perfeitamente dividir sua cama com uma mulher sem tocar nela sexualmente. Isso
é possível entre seres evoluídos. Mas esse comportamento atípico deixava amigos
e familiares sem entender o que realmente havia com Michael. Rebbie, a irmã
mais velha dos Jacksons, revelou que familiares chegaram a contratar duas
garotas de programa para tirarem a virgindade de Michael e o trancaram no
quarto com elas. Ele tinha 15 anos quando sofreu mais essa violência (CROCIATTI-2009). Se as garotas
conseguiram o seu intento ninguém sabe, mas daí em diante o próprio Michael
passou a contratar prostitutas, não para fazer sexo, mas para conversar com
elas sobre os verdadeiros valores da vida e tentar convencê-las a deixarem a
prostituição.
Entretanto,
biógrafos de Michael escreveram que ele só perdeu a virgindade quando se casou
com Lisa Marie Presley. Essa visão explicaria o fato de, ao decidir ser pai,
tratou logo de se casar. Sob a ótica estreita do atual pensamento humano, esse
seria um comportamento sexual atípico, ainda mais se tratando de um astro
internacional, uma celebridade para a qual as mulheres mais lindas e famosas do
mundo se jogariam aos pés. Mas é justamente aí que Michael faz a diferença. Ele
foi digno o suficiente para não usar o seu poder de estrela para seduzir
corações desavisados e iludidos, e muito menos para se embrenhar em uma vida
sexual puramente física. Consciência e respeito são valores que nunca faltaram
a Michael. Consciência e respeito em relação aos outros e, principalmente, com
relação a si mesmo. Ele dizia: “Nem
preciso dizer que amo a interação entre os sexos; é uma parte natural da vida e
eu amo mulheres. Eu só acho que quando sexo é usado como forma de chantagem ou
poder, é um uso repugnante de um dos dons que Deus nos deu.” (JACKSON-1988)
“Eu
não entendo muitas coisas que acontecem nos relacionamentos e não sei se um dia
eu vou entender. Eu acho que foi o que me machucou nos meus relacionamentos,
pois eu não entendia como as pessoas fazem certas coisas. Coisas más e vulgares
com seus corpos. Eu não entendo e isso feriu meus relacionamentos. Para mim o
amor é algo muito puro. Algumas coisas me chocam. [...] Sou apaixonado por
inocência”. (BOTEACH-2009)
Sob
a nossa ótica, sob a ótica de seres que estão em nível evolutivo bastante
baixo como a maioria das pessoas do nosso Planeta: ele é homossexual, ou é
assexuado, ou é pedófilo, ou alguma outra coisa..., menos uma pessoa normal.
Mas essa compreensão simplista nada mais é do que uma projeção; nós é que somos
incapazes de dividir a cama ou mantermos um relacionamento com alguém sem algum
tipo de manifestação sexual, o que é a maior prova da nossa inferioridade
evolutiva.
Michael
não é infantil:
Mantém viva sua criança interior
propositalmente, não só para compensar-se da infância que não teve, mas
principalmente para não perder a sua espontaneidade, sua alegria, sua pureza de
alma, sua inocência sedutora, sua franqueza e verdade, sua fidelidade interior.
Por seu modo de vida e de enxergar o mundo, Michael sempre representou uma face
pura, infantil e inocente da Humanidade, um autêntico Peter Pan da vida real.
[...] Assim como Pan, Michael seguiu o coração e nunca abriu mão de vivenciar
seu desejo de eterna infância, mesmo significando estar fora das normas
convencionais. (SOARES-2002).
Michael
costumava dizer que os adultos têm muitos problemas porque se deixam
condicionar pelo pensamento e pelo sentimento dos outros, ou seja, perdem a
identidade, o contato com a sua alma. Em algum ponto da vida, as pessoas se
perdem, se deixam transformar naquilo que o outro (a sociedade) quer que ela
seja, perdendo a naturalidade, a leveza, a simplicidade.
As
crianças, ao contrário, não carregam esse fardo psicológico. Elas simplesmente
brincam e não querem nada além de amor e atenção. Crianças não julgam. “Eu não quero nada delas além de amor e
inocência, e encontrar a verdadeira felicidade e magia juntos” ─ dizia ele.
É preciso uma visão muito espiritual da vida para entender a ótica psicológica
de Jackson. Com as crianças, Michael é simplesmente Michael: alegre,
brincalhão, inocente, desarmado. Com adultos, perde a espontaneidade, torna-se
defensivo e artificial, porque está sempre sob julgamento, sob o olhar crítico:
adultos transformam Michael em alguém que ele não é e alguém que ele não quer
ser.
Nas
suas palavras:
Crianças
me mostram em seus sorrisos brincalhões o que há de divino em cada ser. Esta
simples bondade brilha direto de seus corações. Isso pode ensinar tanta coisa!
Se uma criança quer sorvete de chocolate, ela apenas pede. Já adultos
enrolam-se em complicações se devem ou não tomar sorvete. A criança
simplesmente aproveita.
O
que devemos aprender das crianças não é criancice. Estando com elas nos conecta
à mais profunda sabedoria de vida, a que sempre existiu e só pede para ser
vivida. Agora que o mundo está tão confuso e com tantos problemas complicados,
sinto que precisamos de nossas crianças mais do que nunca. A sabedoria natural
delas aponta a maneira de solucionar aquela mentira que aguarda por ser
reconhecida, dentro de nossos corações. (JACKSON – 1992)
Ressalte-se
que inocência e pureza de alma não são sinônimas de infantilidade, nem de
ingenuidade. Michael sempre se mostrou muito seguro daquilo que quer, muito
competente naquilo que faz e muito responsável com os compromissos que assume.
Ele traz de sua criança interior o que ela tem de melhor: a autoconfiança, a
simplicidade, a espontaneidade, o acreditar na vida e na força da sua vontade.
Criança não desiste nunca daquilo que quer... Michael também não.
Um
conto de fadas chamado Neverland Ranch
Valley, à primeira vista, pode parecer uma “extravagância de um superastro”. Mas, nas palavras da articulista Daniele Soares (2002): “em seu País das Maravilhas particular, o
Peter Pan do Pop pôde vivenciar o mundo de sonhos e fantasias comuns na
infância, mas que para ele não existiram. É pura e simplesmente diversão. É a
busca por um passado. [...] ‘Todos nós deveríamos crescer por fora, mas manter
para sempre a criança em nosso interior’ – recomendou Jackson. Este é o
espírito de Neverland. É a alma de Michael Jackson”.
Porém,
no mundo exterior, Michael tinha os hábitos de uma pessoa comum. Afinal,
vivendo em sociedade, ou você abre mão de algumas coisas ou você se isola. E na
selva do showbusines não há como se
isolar. Michael bebe vinho (socialmente e nunca na presença de crianças),
Michael conta piadas, Michael hoje até fala alguns leves palavrões, Michael
fala alto e sabe gritar, Michael dá gargalhadas... Entretanto, é preciso
ressaltar que beber não significa embebedar-se, fazer sexo consciente não é o
mesmo que ser fornicário; e quanto a palavrões, na ótica de Michael, o seu
famoso “go to hell” (vá pro inferno)
já é considerado um palavrão. Até a idade adulta, Michael não bebia, não falava
palavrão algum, não xingava e sentia-se incomodado quando alguém o fazia na sua
presença. O astro ganhou de Quincy Jones o apelido de “Smelly” (que quer
dizer: cheiroso) porque, na época em que trabalhavam juntos, Michael
invariavelmente usava esse termo para designar algo que chamava a atenção.
Segundo Quincy, quando algo era muito bom Michael chamava de “semlly jelly”. Aí, o apelido pegou e
Steven Spielberg também o chamava assim. Mais tarde, o apelido serviu também
para designá-lo por causa do seu perfume. Michael sempre estava invariavelmente
perfumado.
Embora
odeie palavras chulas, gestos obscenos e principalmente palavrões, aprendeu
alguns por questões óbvias: defender-se; afinal, estamos em uma selva de juízes
ferozes, onde é proibido ser puro, inocente, bem-intencionado...
Michael,
que nas palavras de Quincy Jones: “com 19
anos, ele tinha a sabedoria de um homem de 60, e o entusiasmo de uma criança.
Ele era verdadeiramente tímido, uma criança travessa com sua incrível
inteligência, com sorrisinhos e gargalhadas” (JONES, 2002), não é uma
pessoa infantil, mas sim uma alma pura, internamente desarmada; porém
experiente e sábia. Smokey Robinson costumava dizer que Michael era uma “alma velha em um corpo jovem”. Durante
a infância e adolescência, era carinhosamente chamado de “semi-45”, pois ninguém entendia a sua maturidade precoce.
Vemos
isso pelo seu engajamento ativista, pela consciência e visão de mundo
demonstradas em seus discursos e entrevistas, pelo sucesso na educação de
seus três filhos: espertos, inteligentes, amáveis, educados, gentis e
perfeitamente sociáveis. Não são posturas e feitos de uma pessoa mentalmente
infantil; especialmente o seu tino e visão de negócios.
O
rabino Schmuley Boteach, foi muito
feliz em sua reflexão: De onde vem
essa disciplina? E principalmente, Michael, é importante que isso seja
comentado, pois as pessoas, os seus detratores irão te criticar e dizer, “Michael é uma criança, ele se comporta como
uma criança”, quando a verdadeira definição da maturidade que todos
concordam envolve a capacidade de demorar em gratificar. Quando outras pessoas
agem impetuosamente e você consegue ser paciente e esperar pelas coisas em seu
tempo próprio, isso é considerado a essência da maturidade e autocontrole.
Manter
a pureza de alma em um mundo conturbado, tomado pelos egos de sua humanidade, é
um feito espiritual memorável. É necessária uma considerável robustez evolutiva
para não se deixar seduzir ou manipular pelos poderes e encantamentos
terrenais.
Essas foram palavras de Michael, no
discurso de agradecimento na entrega do prêmio Grammy 1993:
“Minha
infância foi tirada de mim por inteiro. Não havia Natal, não havia
aniversários, não foi uma infância normal nem teve as alegrias de infância
normal. Essas foram trocadas por trabalho duro, luta e dor – e mais tarde por
sucesso material e profissional. Mas, como um preço terrível, aquela é uma
parte da minha vida que eu não tenho como recriar.
Hoje,
apesar de tudo, eu me sinto como um instrumento da natureza quando crio a minha
música. Fico pensando que deleite a natureza deve sentir quando abrimos nossos
corações e expressamos os talentos que Deus nos deu. Um som de aprovação rola
através do universo, e o mundo inteiro se enche de magia. Maravilhamento que
preenche os nossos corações, pois tivemos um relance, por um instante, da
ludicidade da vida.
E
é por isso que eu gosto tanto de crianças e aprendo tanto em estar perto delas.
Eu percebo que muitos dos problemas do nosso mundo, hoje – da criminalidade
urbana às guerras de grande escala e ao terrorismo, e às nossas prisões
superlotadas – resultam do fato de crianças terem tido suas infâncias roubadas.
A
magia, o encantamento, o mistério e a inocência de um coração de criança são as
sementes da criatividade que irá curar o mundo. Eu realmente acredito nisso. O
que nós precisamos aprender das crianças não é infantil. Estar com crianças nos
conecta com a sabedoria mais profunda da vida, sabedoria que é onipresente e
pede apenas para ser vivida. As crianças conhecem as soluções que jazem dentro
dos nossos corações, esperando para serem reconhecidas.
Hoje,
eu quero agradecer a todas as crianças do mundo, inclusive as que estão em
estado de doença e de carência – o quanto a dor de vocês me toca![1]”
[1] Palavras de Michael no discurso de
agradecimento na entrega do prêmio Grammy 1993
(http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/06/29/olhando-a-crianca-mickael-jackson/29/06/2009 - 12:00.
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