"BLACK OR WHITE" e "DANGEROUS"
Uma leitura dos símbolos
AS MENSAGENS OCULTAS
DE "BLACK OR WHITE"
Nasceu negro e foi ficando
branco... Em se tratando de Michael, parece que Deus faz de propósito para
ensinar alguma coisa à humanidade. Doeu nele... doeu muito, mas a grandes
missionários são dados grandes desafios... Seus limites são desafiados e, ao
transcendê-los, eles ascensionam.
Black or White foi um grito desesperado
e indignado de toda uma etnia escorraçada da sociedade, única e exclusivamente
pela cor da pele. Pura ignorância e bestialidade! A dor de Michael estampada
naquele curta-metragem é a mesma dor de milhões de pessoas caluniadas e difamadas
neste planeta, onde a dualidade e a negatividade imperam.
Acusado de ser ele o
racista, por supostamente estar branqueando a própria pele por ter vergonha de
ser negro, a mídia ignorou, propositalmente, as nítidas manchas características
de um processo de vitiligo, em Michael. O importante era, mais uma vez, difamar
para faturar. E a dor de mais esse ataque da Elite Global explodiu em Black
or White.
Os quatro minutos finais da
versão completa de Black or White, transmitidos para mais de 500 milhões
de pessoas, em 27 países, provocou a ira dos puritanos americanos. Alegando que
as cenas incentivavam a violência, elas foram cortadas do clipe original, e
Michael se retratou com um pedido de desculpas na mídia. Acontece que aqueles
eram os quatro minutos mais importantes do vídeo inteiro!
E aqui me valho das considerações
de fã, Pietro, em seu Blog, por expressarem exatamente o que pude perceber
desse ousado e denunciador curta-metragem de Jackson:
1) Aos 06:48 e 10:43, Michael se transforma em uma pantera
negra: Os Panteras Negras eram um grupo político que surgiu nos anos 60, nos
EUA, com o intuito de proteger os guetos negros de policiais e racistas. Em
determinada época, os Panteras Negras defendiam o armamento, a isenção de
impostos e o pagamento de indenizações pelos anos de escravidão a todos os
negros da América. Com o passar do tempo, a rebeldia anárquica foi dando espaço
à política, e os Panteras passaram a investir em serviços sociais nas
comunidades carentes.
2) Dançar sem música – Michael não dança sem música. É um
recado para os críticos, do tipo “vocês
não estão me ouvindo, mas eu não vou parar por causa disso”. Por causa da
mudança de cor, MJ foi bombardeado pela mídia. Black or White nada mais
é do que um desabafo do astro contra a discriminação que estava sofrendo.
3) Cantando na Chuva, aos 08:32:
– Uma rua deserta, um poste e um dançarino. Deem um guarda-chuva a Michael e um pouco de água caindo de
cima e nós temos a mesma cena imortalizada por Gene Kelly.
4) O quebra-quebra – Porque
MJ arrebenta com tudo que está na rua? É só olhar com um pouco de atenção:
suásticas invertidas, Ku-Klux-Klan, mensagens
de ódio e de preconceito estão pichadas nas coisas que ele quebra. Chega de
discriminação, chega de intolerância, é essa a mensagem.
5) O pecado mora ao lado (aos
09:40) – Lembrei-me da famosa cena da Marilyn Monroe no bueiro, quando uma
lufada de ar levanta seu vestido, dadas as suas devidas diferenças, obviamente.
O curta-metragem não economiza referências à cultura pop americana, dos filmes
antigos de sucesso aos Simpsons (não é por nada, mas no início do clipe,
aquela história de pai discutindo com o filho por causa da música, não lembra
uma certa banda?).
6) Aos 10:10, MJ cai no
chão, rasga a roupa e solta um berro – É o momento mais cheio de referências.
Impossível não lembrar de Highlander
– O Imortal. Pode ser interpretado como “Critiquem-me,
desmoralizem-me, mas não vão me destruir porque eu sou imortal”. Rasgar as
roupas e berrar é como se fosse um símbolo para a libertação. Depois do
desabafo, o alívio. E na fachada do hotel que desaba está escrito “Royal Arms Hotel”. “Royal Arms” é o nome designado às tropas armadas imperialistas,
podendo servir para as tropas da Inglaterra ou para os guerrilheiros dos países
da África do Sul, em constante guerra étnica.
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A SIMBOLOGIA DE “Dangerous”
Em
“Dangerous”, o enigma não está na
música, mas na capa do álbum... Algo como um jogo de cifras, algo de uma
subjetividade tal que gerou inúmeras interpretações, porém, certeza alguma. Em
se tratando de Michael, nada, absolutamente nada é por acaso ou um mero
detalhe. Mistérios de Jackson, que nunca se revela, apenas nos provoca a
imaginação. Tentemos vasculhar alguns símbolos sem a pretensão de achá-los a
expressão da verdade.
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Busto de um menino com metade do rosto negro e outra metade branco, este sim
uma nítida alusão à condição de Michael, àquela época, por conta do avanço do
vitiligo. Acusado de racismo, de não querer ser negro, o branco e o preto
justapostos representam que independentemente da cor, o homem é o mesmo.
-
Globo terrestre de cabeça para baixo, de onde saem caveiras, mísseis, armas de
fogo, anjos, estrelas, o átomo, etc., representando a inversão dos valores, a
luta entre o Bem e o Mal, a destruição do Planeta patrocinada pela sociedade
inconsciente e gananciosa e um mundo dual (3ª dimensão).
-
Macaco sendo coroado por dois anjos remete ao próprio Michael, pois o pai lhe
dizia, quando criança e adolescente, que ele era feio como um macaco. Mas ainda
que feio, o macaco era Rei. Por outro lado, o macaco era um animal sagrado para
os egípcios, e na cultura chinesa, ele representa a sabedoria.
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Na esteira do castelo (tipo trem fantasma), de um lado a natureza (chipanzé,
rato, veado e elefante) e do outro saem do castelo uma criança loira com um “M”
na camisa, possivelmente, Macaulay Culkin, grande amigo de Michael desde muito
menino e que participou do curta “Black
& White”; um animal talvez pré-histórico, o esqueleto do homem-elefante
e o próprio Michael-menino. Macaulay, Michael e o homem-elefante tiveram em
comum uma infância muito difícil, mutilada.
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O Rei-cachorro e a Rainha-pássaro representariam, talvez, os próprios pais de
Jackson. Michael temia o pai e tinha medo de cachorros. A mãe, um pássaro,
simbolizando a fragilidade e a sensibilidade, qualidades que ele sempre
atribuiu à Katherine Jackson. De um lado a força, do outro lado o afeto, o
equilíbrio e o conforto.
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A presença de um cachorro-rei, possivelmente, representa o sentido de realeza e
militarismo que é sempre retratado na figura de Michael (guerreiro do Bem,
que é o arquétipo de Arcanjo Miguel, a mesma consciência que encarnou o deus
egípcio Anúbis, com um corpo de matriz canidae siriana). Note-se que a
figura tem luvas brancas em apenas uma das mãos, segurando um cetro, cujo cabo
é uma cabeça de pássaro real. Seria uma alusão ao cristo siriano Hórus, que
também foi Arcanjo Miguel? Branco é o símbolo da pureza e da inocência,
características marcantes da sua personalidade. O cetro do lado direito traz
uma mão fazendo o mudra crístico que Jesus sempre usava, em sua caminhada na
Terra. Por outro lado, a rainha, na figura de um pássaro real, segura em uma
das mãos, também com uma única luva branca, um cetro com uma cabeça de cachorro
na ponta. Arrisco dizer que Michael está representando sua androgenia, seu
perfeito equilíbrio da energia masculina e feminina ou a fusão de seus aspectos
masculino e feminino em um só corpo, portanto, um ser divino. Isso fica claro
por uma bolha, saindo de uma espécie de cordão umbilical na rainha. Dentro da
bolha, um casal.
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Simbologia dos números. O “7” (numerologia da evolução, espiritualidade ou
infinito) aparece várias vezes, entre elas, na cartola do boneco, o pulso
da mão que segura uma criança. Juntando essa sequência com o “9” (numerologia
da completude, fechamento de ciclo) na cabeça do elefante teremos: 7-7-9. O
memorial de Jackson foi em 7/7/2009. Coincidência?
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Vale registrar que o simbolismo do número “9” é bastante forte. É o número da
paciência, da meditação, da harmonia, da completude; representa a inspiração e
a perfeição das ideias. É a expressão do poder do Espírito Santo, na concepção
religiosa. Símbolo da criação e da vida como um ritmo e desenvolvimento. É o
número de quem realiza a vontade divina. É o número da conquista do eterno, da
imortalidade, não no sentido de tempo infinito, mas no sentido do não-tempo. O
nove era considerado sagrado no Antigo Egito e na Antiga Grécia.
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Palma da mão com o desenho de um mapa e uma criança pobre em cima, segurando a
caveira de um crocodilo. Simbologia da proteção de Michael a todas as crianças
e animais. A mão é nitidamente de Michael, por que tem esparadrapos nos dedos.
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Em todo cenário há uma profusão de anjos, colunas gregas com suas estátuas.
Remeteria à sabedoria das civilizações antigas (egípcia e grega) na
idade de ouro da Raça Ária. Ou nos remete aos reinos celestiais que Michael
representa e de onde provém sua consciência?
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Vemos o símbolo do Pentagrama em dois pontos estratégicos: acima da imagem de
Michael com traje militar (guerreiro do bem) e abaixo dos seus olhos em
destaque na parte superior, onde se pode ver um pavão. Lembro aqui que o
símbolo do Pentagrama representa a conexão da parte material e espiritual do
homem, ou um Ser iluminado. E o pavão tem a mesma representação.
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Homem de terno simbolizaria os homens de poder, que tanto pode representar os
governos, quanto a máfia (que controla o mundo do entretenimento, o sistema
econômico e religioso), ou as seitas que igualmente exercem poder sobre o
Poder. Michael sempre foi perseguido por todos eles por seu envolvimento em
causas humanitárias e sua insistência em denunciá-los e exortar a Humanidade ao
Amor.
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O Portal do pirata, o homem de terno, o “olho que tudo vê” e o globo terrestre
invertido estão no mesmo plano. Seria a representação do caos, do domínio
temporário do lado escuro da força?
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Em condição elevada estão os olhos de Michael..., observando ou protegendo?
Representaria, talvez, que ele está acima de tudo isso, inatingível... ou no
comando de todo um processo planetário do caos que precede a transformação? Ou
ele está acima dos poderes terrenais: Reis e rainhas, grandes ditadores, seitas
dominadoras (religiosas ou não), todas as misérias do mundo físico?
Os
olhos maquiados, circundados de preto, remetem aos olhos de Hórus, divindade egípcia (filho de
Isis e Osíris), que representa o poder do Bem, da Justiça e a proteção. Desde
muito cedo na carreira, Michael traz sempre seus olhos maquiados similarmente
aos olhos dos faraós egípcios. Da mesma forma como representa a deusa Isis no curta-metragem
You Are Not Alone. Note-se que a
entidade que o envolve (proteção divina) no final não é um anjo, mas sim Isis,
a deusa egípcia, esposa de Osíris e mãe de Hórus. Os anjos são representados
com as asas nas costas e Isis tem suas asas ao longo dos braços.
“Dangerous”
não é a garota voluptuosa e sedutora da música, que o induz a trair a namorada.
Perigosa são as pessoas e instituições que o perseguiram e machucaram ao longo
da sua existência. A capa de “Dangerous”
é uma denúncia velada ao mal que, por enquanto, vence as batalhas, mas que, por
intermédio de Michael, irá perder a guerra. O Bem sempre vence no final, pois
ninguém pode deter o poder da Luz.
Atentemos
para as várias versões da coreografia de “Dangerous”
e veremos que Michael não se dirige a nenhuma garota fogosa, mas a um bando de gangsters que o cercam e ele os derruba
a todos, um a um. Note-se que todos usam luvas vermelhas, representando as mãos
sujas do sangue derramado na Terra. Somente Michael tem as mãos nuas, limpas,
ou seja, ele é o representante da Luz. Mesmo porque, hoje já sabemos que a
personalidade Michael Jackson foi a encarnação da consciência de Arcanjo
Miguel, na tridimensionalidade.
Portanto,
a garota perigosa por sua volúpia de Dangerous é somente um bode
expiatório para quem não poderia citar nomes.
E
encerro com um texto muito inteligente e significativo de Dayan Blue:
"Ele não canta somente, ele
é, ele vive a música, ele se torna um aparelho eletroquímico de reprodução
harmônica, melódica e percussiva. Assim como nossos aparelhos de CD leem as
refrações de um feixe de raios laser, e convertem essas alterações luminosas em
som, Michael parece sentir a música, extraí-la de um lugar qualquer em sua
alma, e usa o corpo todo como forma de traduzir o sentimento. [...] O melhor
disso tudo, é que podemos ter a total certeza de que, ao compreendermos as
intenções desse artista tão inigualável, e conseguirmos captar essas magias
submersas em suas músicas, temos sim, muito da alma dele dentro de nós. Somos
parte de um todo, estamos em sintonia com o ‘mestre’.’’
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